110 Filmes para Conhecer Bem Terror - Parte I

Olá fãs do macabro e de horror. Retorno hoje com o começo de uma série de dez postagens onde indicarei nada menos que 110 filmes de terror que julgo essenciais para quem quer aprender e conhecer mais os gêneros terror e suspense, comentando rapidamente cada um deles. Não vou seguir uma ordem específica, já deixo isso claro. Quem estiver interessado em deixar alguma sugestão, utilize o espaço dos comentários.

Sem mais enrolação, vamos para o começo da lista.

NosferatuNosferatu, Eine Symphonie des Grauens. Alemanha. 1922. F.W. Murnau



Clássico mudo do terror, e primeira adaptação da obra literária Drácula, Nosferatu é um dos filmes mais lembrados quando se pensa no gênero horror. Com uma maquiagem eternizada juntamente com a atuação simbólica de Max Schreck, Conde Orlok é o primeiro vampiro do cinema, e o primeiro personagem a representar os filmes de terror. Uma obra de muita importância para a história do cinema, levando os admiradores de leituras macabras e horripilantes para frente das telas e iniciando a popularização do gênero. Uma obra consagrada e de grande peso que merece e deve ser assistida por qualquer um que se diz cinéfilo.

A Mansão do Diabo. Le Manoir du Diable. França. 1896. George Méliès



Nada mais, nada menos do que o primeiro filme de horror produzido na história do cinema, A Mansão do Diabo é um curta metragem produzido pelo mestre George Méliès, patrono dos efeitos visuais. Sem possuir realmente uma história, o filme não passa de uma sequência de efeitos que mostram como o capeta atormenta um nobre que adentra em uma casa. Bem simples, esta é uma das pérolas esquecidas ao longo dos anos.

Haxan – A Feitiçaria Através dos Tempos. Häxan. Dinamarca. 1922. Benjamin Christensen.



Filme produzido na Dinamarca e Suécia, Haxan segue uma linha documental mostrando de forma ilustrativa a concepção de feitiçaria e sobrenatural, em especial sobre demônios. Lançado no mesmo ano que Nosferatu, esta produção não chegou a ser tão popular por não ter o formato de história/conto. Entretanto, Haxan é muito interessante, além de ser um dos primeiros filmes a possuir cenas de nudez. É diferente de muitos títulos do gênero horror e de fato compensa ser assistido para que se tenha um parâmetro de como certos tabus eram tratados. Fantasias e cenários impressionantes, mas não chega a ser realmente horripilante.

Fausto. Faust - Eine Deutsche Volkssage. Alemanha. 1926. F.W. Murnau



Baseado em um conto sobre um alquimista que faz um pacto com o demônio Mefisto, e dirigido pelo mesmo responsável de Nosferatu, Fausto é mais um longa que prova o domínio e excelência que o cinema alemão tinha sobre o gênero. Fantasioso e bem montado, o longa trás cenas memoráveis e a inesquecível atuação de Emil Jannings como Mefisto. Visualmente belo e sinistro, o longa adapta satisfatoriamente o conto Fausto para o cinema, se tornando uma produção bem mais do que relevante.

O Golem. Der Golem. Alemanha. 1915. Paul Wegener



História simples que lembra vagamente o livro Frankenstein, O Golem é inspirada numa antiga lenda judaíca onde um feiticeiro cria um Golem para proteger o vilarejo, mas acaba perdendo o controle da criatura. Não é um filme espetacular, porém, possui vários aspectos interessantes de serem notados e vistos. A maioria dos defeitos se deve ao ano em que O Golem foi produzido, e mesmo com eles, ainda assim há muita coisa proveitosa como um filme terror.

O Fantasma da Ópera. The Phantom of the Opera. EUA. 1925. Rupert Julian



Adaptação da ópera escrita por Gaston Leroux, é interessante notar que O Fantasma da Ópera foi levado para o cinema mudo, o que livra o título de seu maior charme: as músicas. Entretanto, mesmo com a limitação, não deixa de ser um filme razoável. Com um bom jogo de sombras, um figurino bem escolhido e uma maquiagem bizarra, este primeiro de muitos filmes de O Fantasma da Ópera se destaca pelo foco no conteúdo macabro da história, preferindo distorcer a trama para que se tornasse um terror digno de ser notado.

O Gabinete do Dr. Caligari. Das Cabinet des Dr. Caligari. Alemanha. 1920. Robert Wiene



O que acontece quando se mistura o Expressionismo Alemão com o terror? Temos um dos mais famosos e intrigantes filmes já produzidos. Apresentando uma reviravolta surpreendente, um visual sombrio e singular, O Gabinete do Dr. Caligari é uma obra prima que trás consigo o marcante e inesquecível sonâmbulo Cesare. É perceptível que a Alemanha foi a grande responsável pelo gênero nas primeiras duas décadas do século XX, proporcionando grande material de inspiração para os cineastas contemporâneos. Os cenários irreais deste filme auxiliam na criação de um ambiente perfeito para que o espectador se envolva e compreenda perfeitamente as emoções de determinados momentos.

Frankenstein. EUA. 1931. James Whale



Outro clássico imperdível, Frankenstein inicia a fase de ouro do horror dos estúdios Universal e revela um dos grandes nomes do gênero: Boris Karloff. Este filme é muito famoso, além de responsável por tornar o terror um gênero muito lucrativo, não só popular. Produção simples, mas bem explorada, Frankenstein é uma obra icônica que transfere o domínio do gênero para os EUA, que até hoje tenta manter o título. Este filme inicia uma nova forma de se fazer horror para o cinema, além de aproveitar muito bem o rosto de Karloff para montar a maquiagem do monstro, cuja imagem seria eternizada na memória popular.

A Noiva de Frankenstein. Bride of Frankenstein. EUA. 1935. James Whale



Continuação de Frankenstein, A Noiva de Frankenstein é um dos poucos casos em que a sequência merece tanto destaque quento o original. Com o personagem de Karloff agora falando, o filme conclui a obra de Mary Shelley e trás outra figura igualmente popular e reconhecida no terror: a parceira do Monstro, encarnada e eternizada por Elsa Lanchester.

Drácula. Dracula. EUA. 1931. Tod Browning



Filme que revelou o vampiro mais famoso da primeira metade do século XX, Bela Lugosi, Drácula é o primeiro terror de sucesso da Universal na década de 30, abrindo espaço para os sucessos seguintes. Uma adaptação mais comercial e que conseguiu os direitos de filmar a obra de Bram Stocker, Drácula é uma produção mais humilde, mas que traria para o cinema os maiores clichês existentes sobre filmes de vampiros. Interpretação dinâmica e marcante de Lugosi, que jamais conseguiu se livrar da fama por este papel.

A Marca do Vampiro. Mark of the Vampire. EUA. 1935. Tod Browning



Mais uma vez, Browining e Lugosi trabalham em um filme cuja temática é vampirismo, entretanto, A Marca do Vampiro trás uma surpresa em seu final. Com um elenco competente e o uso ousado de efeitos visuais e especiais, o enredo pode até não ser o forte do longa metragem, mas tem charme e sabe levar o espectador. Não é um dos melhores trabalhos do Lugosi, que fica em segundo plano junto com Caroll Borland (destaque no filme) para dar mais espaço ao Lionel Barrymore.

Por hoje ficamos por aqui. Até a próxima!

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Autor João Marciano

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4 5:

  1. ONDE POSSO ENCONTRAR ESSES FILMES?? TEM ALGUMA IDÉIA?

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  2. Ótima postagem...eu adoro filmes de terror antigos, geralmente podemos ver neles, como os clichês no gênero ganharam forma...Podemos ver em filmes antigo um terror mais pessoal...mais psicológico...e por que ñ, técnico...Nada contra efeitos especiais, mas sou amante de um terror em que o medo vem de dentro da gente...mais uma vez ÓTIMA POSTAGEM!!!

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  3. Boa parte deles tem disponível no youtube, meu amigo anônimo. Mas não deve ser difícil achá-los para download.

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  4. Nosferatu você poderá encontrar no site "grandes classicos do cinema" eu baixei de lá, a lista esta ótima... parabens!

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